Fluido de Freio: Conceito, Utilidade e Tempo de Uso

A manutenção dos freios está sujeita à utilização do veículo, variando conforme o padrão de direção. Em ambientes urbanos, onde os freios são mais acionados, pastilhas e discos desgastam-se mais rapidamente em comparação com carros que predominantemente trafegam em rodovias. No entanto, um componente menos evidente, mas crucial, é o fluido de freio, cuja degradação não é facilmente percebida. Recomenda-se a avaliação anual por um profissional, independentemente da quilometragem percorrida ou do tempo de inatividade do veículo.

O Que é o Fluido de Freio?

O fluido de freio desempenha um papel essencial na transmissão da força gerada pelo pedal para as rodas, permitindo que a pinça ou cilindro auxiliar pressione as pastilhas contra o disco ou lonas contra o tambor, dependendo do tipo de freio.

Quando Substituir o Fluido de Freio do Carro?

A prática comum recomendada pelas fabricantes é inspecionar todo o sistema de freios a cada 10 mil km ou 12 meses, ou em caso de desconforto durante a frenagem. A substituição completa do fluido geralmente é indicada a cada 12 a 36 meses.

Vagner Marchiniaki, consultor de Marketing de Produto da Controil, sugere uma análise mais técnica para carros antigos e inativos por longos períodos, com uma troca anual ou a cada 10 mil km. Tales Miranda, gerente sênior de Desenvolvimento de Produtos da ZF Aftermarket, destaca a importância da troca anual para preservar a integridade do sistema de freios.

Validade do Fluido de Freio:

É crucial considerar a data de validade impressa no recipiente do fluido, pois suas propriedades se degradam após a aplicação no veículo. A absorção de umidade ao longo do tempo pode resultar em ebulição do fluido em situações de exigência extrema, comprometendo a frenagem.

Tipos de Fluidos de Freio e Escolha Adequada:

Os tipos comuns de óleos no mercado são DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1, cada um com diferentes pontos de ebulição. A escolha correta é determinada pelo fabricante do veículo, levando em consideração características mecânicas e de aplicação. Marchiniaki destaca que a mistura de fluidos é desaconselhável, enfatizando a importância de seguir as especificações do fabricante.

Cuidado com DOT 5 e 5.0:

Fluidos DOT 5 e 5.0, baseados em silicone, não devem ser confundidos ou misturados com DOT 5.1. Suas composições são distintas, e a aplicação varia. A reação química entre eles pode comprometer o desempenho e até causar danos ao sistema de freios.

DOT 4 LV: Uma Classificação Específica:

O DOT 4 LV (baixa viscosidade) destina-se a sistemas ABS e EBD avançados, proporcionando respostas rápidas. Trocar este fluido por DOT 4 convencional pode reduzir a eficiência do sistema, exigindo aderência às especificações recomendadas.

Verificação do Nível do Fluido de Freio:

O reservatório, identificado pela tampa com a especificação DOT correta, possui marcações de nível máximo e mínimo. A verificação regular é essencial, evitando a exposição desnecessária do fluido ao ambiente e sua subsequente degradação.

Nível Baixo: Sinal de Alerta:

O fluido de freio não é consumido durante o uso regular; variações no nível indicam desgaste das pastilhas ou possíveis vazamentos. Se o nível estiver abaixo do mínimo, a troca é necessária, sendo crucial para a integridade do sistema de freios.

Em conclusão, a atenção regular ao fluido de freio e a adesão às recomendações do fabricante são fundamentais para garantir a segurança e eficiência do sistema de freios do veículo.